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terça-feira, 9 de junho de 2009

Cintia e Bruno

Cintia e Bruno são dois alunos meus no Curso de Finanças que apresento. Eles tem algo em comum com os demais alunos matriculados nesse curso que é a intenção de crescimento profissional e aperfeiçoamento. Mas, além disso, eles dois tem um algo a mais. Eles tem uma característica especial a qual diante de um mercado altamente competitivo ficam em constante desvantagem frente a uma disputa. Assim mesmo, seguem de cabeça erguida e confiantes. Eles sabem das restrições e do que significa entrar no jogo já em desvantagem no placar.

E quantos de nós, considerados "na vantagem" nos sentimos perdedores e receiosos da luta?

Cintia e Bruno, não me contaram suas histórias, suas infâncias, suas alegrias e tristezas. Basta olhar para eles e saber que nada é fácil para eles. E como se isso já fosse suficiente, ainda enfrentam todo um preconceito da sociedade que os cercam.

Em conversa com a Cintia, disse a ela que infelizmente as pessoas não sabem ver além da aparência e que todos temos nossas restrições. A diferença é que a sociedade tolera algumas restrições e repudia outras.

Mas aqui não quero entrar no mérito do comportamento social. Até porque para mim, a sociedade é hipócrita. Não digo isso sobre pessoas. Digo sobre grupos, sociedade como um todo.

A minha intenção é propor uma reflexão sobre aquilo que podemos fazer e aquilo que a sociedade nos impõe a fazer ou ser.

Todo fim de ano recebo uma correspondência com cartões de natal decorados com pinturas feitas por artistas sem as mãos. Eles pintam com os pés e com a boca. Tente você pintar com a sua mão perfeita, depois com os pés e com a boca e após isso compare com as obras de arte desses artistas especiais.

A reflexão proposta é: o quanto conhecemos do nosso talento, da nossa força anterior? O quanto sabemos quais as restrições impostas aos nossos desafios e quanto nos preparamos para enfrentar e vencê-los?

Cintia e Bruno sabem muito bem o quanto terão que lutar contra coisas visíveis e invisíveis. Mas apesar da aparente desvantagem imposta pela sociedade e da idéia de iniciarem o jogo perdendo, na verdade eles tem algo de fundamental importância para a briga do dia a dia: eles tem uma grande confiança em si mesmos. Eles não querem piedade de ninguém.

Eu tenho certeza chegarão muito longe, apesar das restrições. Eles sabem o que querem. Eles tem um sonho e estão lutando para isso e não estão parados.

Com carinho para Cintia e Bruno e para todo mundo que tem um sonho e precisa de uma "força" para voltar a batalha da vida.

Silvio Henrique Martins