No dia 11 de
Fevereiro de 2013, o Cardeal Joseph Alois Ratzinger, Papa Bento XVI, renunciou a função de Sumo
Pontífice da Igreja Católica. Para os católicos o Papa é a representação de
Jesus Cristo na Terra, tendo sido São Pedro de 32 a 67 o primeiro, conforme
registro no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18) “E eu (Jesus Cristo) declaro: Tu és
Pedro , e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” O Papa Bento XVI é 265º
da lista de líderes da Igreja Católica.
Mas, o fato de ser o Papa a representação da presença de
Jesus Cristo, toda e qualquer notícia sobre quem ocupa essa posição é motivo de
especulações de poder e até sobrenaturais.
Essa força não está na quantidade de católicos no mundo,
pois segundo as fontes de pesquisa do próprio Vaticano, são 1,1 bilhão de
católicos e comparando com o número de habitantes atual de 7,1 bilhões, os
católicos representam 15% da população mundial. Mas, quais outras religiões
possuem líderes conhecidos no mundo inteiro? Talvez então a questão não é
quantidade e sim sua abrangência e presença nas principais sociedades no mundo,
com destaque na América do Sul e Europa.
Historicamente e de forma mais acentuado no século XVII as
classes sociais na Europa eram basicamente: Nobreza, Clero e Povo. Com destaque
ao fato de que o poder ao Clero era uma atribuição divina, ou seja, não real no
sentido de objeto físico ou como resultado de uma conquista por um evento de
guerra. Era divino e por esse atributo não se discute o poder.
A influência de Jesus Cristo na questão de poder marca uma
nova era onde o reino, e creio que a sociedade da época entendia reino como
algo real e não subjetivo, não era na Terra e sim nos Céus. Essa situação de
reino ou concessões em outra esfera não é exclusividade cristã. Algumas seitas
no oriente prometem uma quantidade de virgens para os suicidas em nome de seus
Deuses e Líderes.
Mas, enfim, a questão é que a Igreja com um detalhe não real
enquanto matéria exerce seu poder e muito se enganam aqueles que afirmam hoje
em dia ser menos que antes. As manifestações sobre o Papa, as repercussões de
sua renúncia e as especulações sobre sua sucessão são, portanto, discussões
sobre poder e não religião.
Assim estabelecido que a discussão em volta do Papa é um
síntese uma discussão de poder, a discussão sobre qualquer outro item é pura
especulação ou exercício de insanidade.
O fato do anúncio da
renúncia coincidir com a passagem de meteoritos é coincidência e não há nenhuma
confirmação de eventuais profecias. Aliás, todas sujeitas a enquadramentos
forçados por liberdade de interpretação.
As profecias do Monge de Pádua por volta de 1530 na Itália
são frases que podem ser ajustadas para a realidade. Como exemplo:
“Virá de longe e manchará a pedra com seu sangue.”
Pois bem, um bom ajuste dessa frase confirma que o Monge de
Pádua em 1500 e alguma coisa previu um Papa de longe da Itália o que não me
parece ser a Polônia tão longe assim e manchará a pedra com seu sangue. De fato
o João Paulo II sofreu um atentado, sangrou sim, mas não manchou pedra alguma.
Ainda conforme as profecias do Monge de Pádua o próximo, o sucessor de Bento XVI será
o último Papa.
“Ele chegará a Roma de uma terra distante para encontrar
tribulação e morte.”
Assim a exemplo do último Papa, o próximo não será italiano
e será assassinado pelo Anti Cristo em época marcada por perseguições aos
cristãos e será o último, marcando o fim da Igreja Católica isso tudo pouco
antes do Fim do Mundo.
Profecias a parte, a questão do meteoro que caiu na Rússia,
com 17 metros de diâmetro, tecnicamente falando, nossos astrônomos de plantão
não o perceberam ou era um meteoro maroto. Tão maroto que o outro asteroide de
45 metros de diâmetro que passou raspando pela Terra conforme previsão
registrada em estudos, não teve a devida atenção que merecia, e detalhe científico: Esse asteroide parece que volta daqui a uns 80 anos e com
grandes chances de diminuir sua distância com a Terra e de ser puxado por nossa
gravidade e... bum... o estrago será grande se até lá não forem desenvolvidos
métodos de desvio de asteroides. Ele tem um peso de 143 mil toneladas e uma
queda na Terra liberará uma energia equivalente a 2,4 milhões de toneladas de
TNT com poder para destruir quase 2 mil quilômetros quadrados.
Agora, se o próximo Papa de fato for o último esse asteroide,
não terá nosso querido planeta em sua frente, pois para alguns intérpretes de profecias o mundo já teria
terminado.
Assim, o fim do mundo será antecipado em 5 Bilhões e Anos. Os
cientistas afirmam que o Sol deixará de apresentar seu brilho e morrerá e em
uma sequencia a vida na Terra e até mesmo todo o planeta terá ido para as "cucuias".
Daqui a 5 bilhões de anos se o mundo acabar, a minha expectativa é de que não haverá nenhum registro de que cientistas do Século XXI já sabiam.
Não haverá notícia extra do Jornal Nacional.
Não temos a menor ideia do que haverá
daqui a 5 Bilhões de anos, muito menos de como o ser humano será.
Enfim, qual a relação do Papa e sua renúncia, com os
meteoros e o fim do mundo? Nenhuma.
A questão do Papa é de relação de poder e suas elocubrações
subjetivas. Os meteoros continuarão caindo independente da tendência religiosa dos
habitantes da Terra e o fim do mundo acontecerá por questões naturais num dia
tão tão distante que nem vale a pena nos preocupar com isso agora.
Pelo sim, pelo não, vamos torcer para a Itália no próximo Conclave.
Foto: Extraída em pt.wikipedia.org