Então, mais uma passagem de Ano,
reflexões e novas promessas. Por que fazemos novas e velhas promessas se nem
conseguimos cumprir as já existentes? Talvez esse seja o motivo.
O fim de um ciclo do cronógrafo
do tempo é como o encerramento de um jogo. Se o vencemos temos entusiasmo para
vencer o próximo. Se o perdemos, realizamos uma reflexão para identificar os
erros e tentar outros meios para vencer.
Contudo, embora alguns assim
pensem a vida não é um jogo. É um ciclo, mas não é um jogo. E isso dificulta entender os momentos de
vitória ou de derrota. E nesse ponto a passagem de Ano Novo nos provoca essa
falsa idéia de encerramento e reinício. Mesmo não sendo real é um bom momento
para correções.
Porém o que mais nos frustra é
compreender que nem tudo depende somente de nossos atos e que a vida é um
grande mistério. São vários fatos e pessoas, ligadas ou não a nós, e que influenciam,
querendo ou não, para o bem ou para o mal do nosso presente e futuro. Muitos
chamam isso de destino, “mão de Deus”, obra do acaso...
O Filósofo Baruch Spinosa (1637-1677)
afirmava que era ilusão imaginar que escolhemos livremente o que fazemos e que
temos controle sobre nossas vidas, simplesmente reagimos aos acontecimentos.
E ainda segundo Spinosa, o melhor
que temos a fazer é levar as emoções surgirem das nossas escolhas, e não dos
eventos externos. Mesmo que essas escolhas jamais possam ser plenamente livres.
Seja de forma livre, ilusória ou
como for, nossa vida é levada por nossas decisões. Então precisamos estar atentos
as influências que irão determinar nossas decisões. Somente assim teremos a
sensação de boas realizações.
Se as decisões foram corretas ou
não, nem sempre saberemos. Mas, foram tomadas e isso é o que importa.
Feliz 2014.
Foto: Darrell Champlin publicada na
página Coisas de Santos
no Facebook
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