Seja Bem Vindo

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Finados




Finados é um feriado naturalmente introspectivo e que nos leva a reflexões sobre o desagradável tema que é a morte.

Nesse dia, visitamos cemitérios, recordamos amigos e entes queridos que não mais vivem e só existem em nossas lembranças.

Em uma aula de Estatística o Professor no primeiro dia destacou a única certeza que temos é a morte. Por coincidência um amigo estatístico, o Sr Escaravelho, durante um bate papo afirmou: “Eu tenho certeza de que não vou morrer.” Eu prontamente respondi: “Eu tenho.”

Em recente entrevista para a Radio Bandeirantes de São Paulo, a cantora Vanusa citou que seu ex-marido, Antonio Marcos, falecido em 1991, dizia: “Eu não vou morrer, vou ficar encantado.”

Seja como for a forma de ver a morte, essa é uma realidade da qual não há como evitar. O filósofo Schopenhauer cita em uma de suas obras: “Cada sopro da nossa respiração afata a morte que nos assalta; lutamos contra a morte a cada segundo, e lutamos ainda com largos intervalos toda vez que nos alimentamos, que dormimos, que nos aquecemos, etc... Mas a morte é destinada enfim, a vencer. E ela não faz mais que brincar com sua presa antes de devorá-la.”

Isso é cruel. Até a Bíblia é fria e direta no tratamento da morte, no Livro O Eclesiastes, 8,8 temos “O homem não é senhor de seu sopro de vida, nem é capaz de o conservar. Ninguém tem o poder sobre o dia de sua morte, nem a faculdade de afastar este combate.”

Não é o objetivo deste texto parecer algo pessimista ou derrotista. Mas de fato nossa briga contra a morte só nos dá como recompensa um tempo a mais para viver. Então qual é qualidade de vida que você quer ter em até encontrar com a morte?

James Dean, ator morto aos 24 anos, deixou a seguinte frase: “Sonhe como se fosse viver para sempre, viva como se fosse morrer amanhã.”

De certa forma James Dean sabia da brevidade da vida, talvez não soubesse o quão breve seria para ele próprio. No entanto, se aplicou sua frase, certamente viveu intensamente o seu sonho de viver.

Aliás, se vivêssemos nossos dias como sendo o último acredito que a qualidade do viver seria maior e melhor. De alguma forma nosso pensamento iria estabelecer não somente uma lista de desejos, mas uma lista de prioridades.

Eu por exemplo, busco apagar toda mágoa, toda amargura. Busco perdoar e pedir perdão. No meu entendimento o perdão é o caminho da paz de espírito. Procuro me conhecer, entendo que quanto mais me conheço, melhor fico como pessoa e assim poderei ser sempre querido e enquanto assim for, mesmo que morto físicamente, serei lembrado com carinho por pessoas que me querem bem e assim driblar a morte em seu conceito de perda definitiva.

Siga meu conselho, se você tem alguma divergência com alguém e esta lhe incomoda, não perca tempo, você nem sabe se o tem, então o quanto antes, resolva essa pendência e evite novas.

Viva intensamente bem com o seu maior tesouro: sua paz. Elimine seus tormentos, curta a vida com o melhor da vida. Priorize seus relacionamentos, busque o entendimento e se for o caso, o próprio perdão. Sem que isso signifique sacrifícios a sua vida e sim crescimento.

Pode parecer uma sugestão muito simplista e assim quanto mais simples parecer, mais correta será.

A certeza contra a certeza da morte é: você estará sempre vivo na lembrança das pessoas que continuarão a viver depois que você morrer. E quanto melhor você for mais pessoas prolongarão a sua vida.

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