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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Honestidade



Em tempos de eleição no meio de muitas discussões sempre está presente a discussão sobre honestidade dos candidatos. Afinal, nosso voto é uma procuração que fazemos a eles para nos representarem e também para manipularem os recursos públicos formados pelos impostos que nos recolhem.
Nossas exigências sobre honestidade por vezes podem ser controversas e restritas.
A nossa exigência é controversa quando o ato desonesto nos oferece vantagem. O principal  exemplo atual está relacionado ao polêmico gol do Barcos do Palmeiras.
O jogador fez o gol com mão e depois foi um excelente ator na reação de indignação frente a anulação. Ainda no futebol, a França esteve presente na última Copa através de um lance de mão. E o que falar então do gol de Maradona, o “Gol Mão de Deus”.
Para Palmeirenses, Franceses e Argentinos a falta de honestidade lhes é favorável e portanto pode ser aceita naturalmente.
Você quando recebe um troco a maior de um caixa de banco ou do comércio, você devolve ou fica com o recurso? Não vale responder depende. Tem que ser Sim ou Não.
Então honestidade embora seja algo que exigimos, por vezes pode acontecer de não praticarmos e pior, caso alguém pratique um ato desonesto que nos resulte em vantagem, não iremos bancar o paladino da justiça e ficaremos bem quietinhos.
O quanto é errado furar um fila? Se você for o beneficiado, então não há erro. Mas se você for prejudicado será capaz de fazer um grande escândalo, fazer esbravejantes discursos em nome da moral e da honestidade.
Devemos sim exigir a honestidade nas pessoas e em seus atos, mas também precisamos refletir o quanto praticamos atos que podem ser interpretados como desonestos por pessoas que nos cercam.
Além disso, como não é possível prever o quanto seremos ou não atacados por atos ou pessoas desonestas, precisamos ficar atentos. Atentos aos que nos cercam sejam conhecidos ou desconhecidos. Não podemos ser inocente ao extremo e super honesto em um mundo pouco confiável.
Não estou aqui pregando a desonestidade e sim defendendo que devemos ser honestos, mas não bobalhões. Espertos, mas não trapaceiros.
Precisamos refletir sem o véu da honestidade se um ato nosso irá ou não prejudicar uma ou mais pessoas. Se irá ou não interferir em nossa paz interior. A sua honestidade não é você que mede. A exemplo do que fazemos a honestidade é algo que exigimos e percebemos nos outros com base em nossos valores de formação.
Eu gostaria de dedicar este texto a Sra Brasilina, profissional doméstica, que encontrou o aparelho celular de um amigo e seguiu seus conceitos de honestidade entrando em contato com ele para combinar a entrega e recusou a gratificação oferecida. Eu tive o prazer de acompanhar o encontro da entrega do aparelho.

Pessoa simples, a Sra Brasilina, não viu naquele aparelho uma oportunidade de tirar proveito e prejudicar uma pessoa. Certamente seguiu seus valores de formação e mais do que um ato de honestidade, praticou um ato de cidadania,  de apoio a um desconhecido e sem querer nada em troca. Apenas a sensação de um bem estar interior que lhe permitiu mais uma noite tranquila de sono e paz com sua consciência.

Parabéns Sra Brasilina.

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