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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Língua




Embora ninguém goste de ser motivo de comentários, também não quem não goste de ouvir e de falar dos outros.
A grande prova disso é o sucesso das revistas e de outros meios de comunicação com o único propósito de falar da vida alheia. Em especial quando é um artista ou pessoa pública.
É bem provável que a Princesa Diana pagou por sua vida a sede de informações de suas situações particulares ficarem públicas. A culpa de sua morte teria sido dos Paparazzi ou de quem leria as fofocas publicadas de seu namorado que morreu junto com ela.

No Brasil e no mundo, inúmeras revistas e sites possuem robustas estruturas para abastecer um sedento mercado de informações particulares, pessoais e até íntimas de pessoas que estão no centro das atenções.

É mais do que fofoca, é uma verdadeira mesquinharia. Mas, penso também que muitos dessas pessoas públicas também se aproveitam para não ficarem no esquecimento. Assim, sempre teremos alguma mulher de elevado conceito em situação constrangedora ou um homem ilibado surpreendido saindo de uma boite daquelas.

Todavia, uma coisa é a língua solta no meio dos famosos, como já afirmei, muitos tem nisso um instrumento para se manterem na notícia.

O problema está quando nossa língua corre solta com um verdadeiro arsenal de maldade, sobre pessoas de nossa família, vizinhança e trabalho. Embora sem distintivos praticamente todos são alistados na DIVA, Divisão de Investigação da Vida Alheia.

A destruição causada por uma língua sem freio não é de hoje. Na Bíblia, mais precisamente na Epístola de Tiago, 3, 7-10 "Todas as espécies de feras selvagens, de aves, de répteis e de peixes do mar se domam e tem sido domadas. A língua, porém nenhum homem a pode domar. É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos o Senhor nosso Pai e com ela amaldiçoamos os homens feito a semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a benção e a maldição."

Eu mesmo, tive a oportunidade de presenciar algo parecido com o mencionado por Tiago. Em uma Igreja Católica um grupo de senhoras rezavam o Terço. Após o terço encontrei uma delas numa fila de supermercado com um comentário muito maldoso sobre um pessoa da vizinhança. O comentário até poderia ser considerado normal para uma sociedade que gosta e aprecia o saber da vida alheia, mas logo após a reza do Terço é demais. Tiago estava certo e mais do que isso, apresentou um conselho que se mostra necessário até hoje e certamente deverá ser repetido por muitos anos ainda.

O objetivo aqui não é estabelecer regras de comportamento. A questão e bom senso e respeito. A língua rasga, destrói, causa ferimentos incalculáveis e de longo prazo. Além disso, há um complô do uso da língua quando aplicada para o mal. Para estragar e ferir uma palavra é suficiente. Ninguém duvida, ninguém questiona. O aceite do que foi dito de forma leviana para se tornar uma verdade e ainda mais em ser difundida é de uma velocidade impressionante.

Por outro lado, quando a língua entra em ação para o bem ou para defender a si ou a outrem, mil palavras não serão suficientes. Talvez sejam necessários anos a fio. Possivelmente vão reconhecer o engano e o estrago causado após sua morte e olhe lá, com sorte talvez na sua quarta geração. Ai gritarão a justiça tarda mas não falha. Ora isso é hora?

Com isso, podemos dizer que o mal e nossa língua possuem um acordo de produção e distribuição tão eficiente que nenhum mega sistema de logística é capaz de elaborar.

Por isso, aproveito o momento para aconselhar com o Salmo 33, 14 "Guarda tua língua do mal. E teus lábios das palavras enganosas."

Que todos saibamos domar nossas línguas e que sejamos capazes de nos defender das línguas dos outros.

Abraço.




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