Seja Bem Vindo

Este blog tem por objetivo expressar opinões, sentimentos, conselhos e emoções, como se estivesse conversando com amigos em um café ou em um descontraído boteco.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eleições? Quando, onde? É feriado?


Meus amigos e minhas amigas, no próximo domingo teremos eleições para Prefeitos e Vereadores. Eleições me levam a boas lembranças quando criança. Lembro de meus pais se preparando para votar, bem arrumados e com olhar sério. Aliás, tudo parecia muito sóbrio, desde o ambiente nos locais de votação até o clima da cidade. Os locais de votação não eram tão numerosos como hoje e por vezes distantes da nossa casa. E exceto se eu estiver enganado, as eleições eram no Feriado de 15 de Novembro.

Para mim, votar era um ato tão importante que lembro o dia que peguei meu título de eleitor. Foi marcante,  vejo como se fosse hoje aquele  balcão do Cartório Eleitoral, paredes com um branco digamos, não tão branco assim e divisórias cinzentas. Na saída olhava todo orgulho para o meu título. Tinha foto acreditem.

No entanto, o orgulho de eleitor foi diminuindo com o passar do tempo.  Não é por menos, basta ler qualquer jornal dos últimos anos sobre políticos do nosso Brasil e não há nada para se orgulhar. 

E também não adianta aquela conversa mole de que cada povo tem o político que merece. Embora o Pelé em sua clássica afirmação: “o povo não sabe votar” tenha um pouco de razão.

Eu estou convencido da existência de “grupos de eleitores”, que são criados pelos Políticos “chaves” e após calcularem de quantos votos precisam para serem eleitos definem os “grupos de eleitores” e quem serão os “eleitos”. Eventualmente surgem os “Eneás”, “Clodovil”,  os “Tiriricas” que desviam alguns dos votos já calculados.

Para mim, o mundo político é um mundo de cartas marcadas. Essas “brigas” pelo voto são apenas uma encenação.  E nós somos uma massa manipulável e entramos nas regras do jogo. Regras essas que nem sequer conhecemos.

Duvída? Vamos aos fatos. A Prefeitura de São Paulo é disputada por 12 candidatos, isso mesmo, 12 candidatos. E aproveito para perguntar:  Você sabe quem são esses 12? Fez uma avaliação de cada um? Buscou informações sobre suas atuações na vida pública e na “privada”? Certamente não. Mas o nome de pelo menos os 4 mais prováveis vencedores você sabe. O que leva você a nem olhar o Manso? É tem um candidato Manso. Eu escrevi "Manso" e não "Ganço", que também está igual a político, não faz nada.

Qual motivo disso? Seria o seu desinteresse por Política?  Na verdade, não. Porém seja lá o que for, você, eu e toda uma massa de eleitores somos, de forma imperceptível, agir exatamente como agimos a cada eleição e que nos levam a optar por um voto sem a devida análise e muito mais por uma força de mídia e outras forças ocultas.

Nunca antes na história desse país tivemos uma quantidade de partidos como as que temos agora. Em São Paulo são uns 20 na disputa eleitoral. Da mesma forma que os candidatos, aposto que você não conhece todos. Aproveitando, você conhece o PPL? Não é o Partido dos Porr.... Louc.... não, é o Partido da Pátria Livre. Ué, não nos ensinaram na escola que no dia 7 de Setembro 1822 a nossa Pátria ficou livre? Então a que Pátria esse partido se refere?  E se não estamos livres, o que estão fazendo para nossa liberdade?

Qual motivo de tantos Partidos? Seria os benefícios financeiros do Fundo Partidário? Ah vá! Você não sabe o que é e nem como funciona o Fundo Partidário? É um fundo especial de assistência financeira aos partidos políticos. Detalhe: esse fundo é formado  com o nosso dinheiro.

De qualquer forma, o que quero manifestar aqui é a opinião de que por mais democrático que nosso processo eleitoral possa parecer, na verdade na hora do nosso voto somos iguais aquelas pessoas em programa de televisão, presos a uma cabine a prova de som onde devemos gritar “SIM” ou “NÃO” e só depois vamos ver se a nossa teve alguma dose de sorte. Nada mais além disso.

Será que somos assim tão manipuláveis?

Talvez sejamos, mas não devido ao mundo atual e seus valores. Vejam só o trecho contido no livro o Príncipe de Maquiavel  (1469-1527), tem quase 500 anos que ele morreu, mas atente ao que escreveu:

“O quão louvável é que um príncipe honre a sua palavra e viva de uma forma íntegra, cada qual o compreenderá. Todavia, a experiência nos faz ver que, nesses tempos (minhas licenças, gente:  são 500 anos atrás) os príncipes que mais se destacaram pouco se preocuparam em honrar suas promessas; que, além disso, eles souberam, com astúcia, ludibriar a opinião pública.”

Minha gente, precisamos de alguma forma aprender um pouco mais de Política. Participar mais da vida pública. A minha sugestão é pelo menos você registrar em quem votou para depois cobra-lo como seu legítimo representante. 

Sabe meu povo, gostando ou não, os políticos somos nós.

Brasileiros e brasileiras, boas eleições.

Nenhum comentário:

Postar um comentário