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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

No Carnaval continua podendo.





Em Março de 2009 publiquei neste blog o texto no “Carnaval pode” onde eu destacava as tolerâncias da sociedade nos dias de folia.

Após 4 anos, as tolerâncias são as mesmas. A única diferença é o aumenta o número de pessoas sabendo que os dias de Carnaval não são feriados oficiais.

De propósito ou não é curioso esse fato, pois comprova a tolerância geral característica desses dias. Afinal segunda e terça são dias normais de trabalho e se você não comparecer no trabalho terá o registro de falta. 

Sim, assim seria se fosse uma segunda e terça qualquer. Mas para a grande maioria na próxima semana pode faltar que nada vai acontecer.

Qual será a magia que faz surgir nos dias do Carnaval uma tolerência tanto das autoridades quanto da sociedade? Tolerência essa, capaz de fazer você, eu e todo mundo abandonar completamente os preconceitos inclusive os de moralidade?

Para o sociólogo Roberto Da Matta em seu livro Carnavais, Malandros e Outros Heróis, no Carnaval todas as diferenças são retiradas. O rico pode virar pobre e este pode virar rei. Enfim no Carvanal você tem a chance de escolher e ser o que quiser.

Com isso, você abandona todos os seus preconceitos em especial os morais. Será que estamos errados no Carnaval ou no dia a dia? Não seria melhor vivermos todos os dias como se fossem dias de Carnaval?

A resposta eu afirmo: sim seria melhor viver assim. Contudo, nem todos seriam capazes de entender os limites e excessos seriam inevitáveis. É aí que a Lei entra em ação. Em 361 dias, temos que seguir inúmeras leis, conceitos, preconceitos, e grandes ditaduras em nossas casas, nossos escritórios, em nossos templos religiosos, no condomínio, na sua rua, em todos o lugares só por um simples motivo: não somos capazes de viver sem todas essas regras, exceto nos 4 dias de Carnaval.

De tudo isso também vem a pergunta, se só no Carnaval podemos ser quem queremos ser e somente nestes das há tolerância do meio para nós, então todos os demais dias não vivemos como queremos, então por que e para que vivemos? Para atender aos preceitos que os outros toleram? Fazendo as contas 4 para 361 é 1%, ou seja, você pode viver o que quer ser em 1% do anos. Nos demais 99% você tem que ser alguém que por vezes não será exatamente o que você quer.

Se o que você quer ser nos demais dias for igual ao que querem que você seja, terá sido uma coincidência  e não a sua libertação, tal como a rima, “mundo mundo vasto mundo, se me chamasse Raimundo seria uma rima e não uma solução.”

Foto: Tirada no Carnaval de 2012 junto com a querida esposa e nosso queridíssimo Bono Vox Batata que este ano desfilará no Céu na Escola de Samba Unidos de São Francisco de Assis.

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