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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Papa, os Meteoros e o Fim do Mundo




No dia  11 de Fevereiro de 2013, o Cardeal Joseph Alois Ratzinger,  Papa Bento XVI, renunciou a função de Sumo Pontífice da Igreja Católica. Para os católicos o Papa é a representação de Jesus Cristo na Terra, tendo sido São Pedro de 32 a 67 o primeiro, conforme registro no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18) “E eu (Jesus Cristo) declaro: Tu és Pedro , e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” O Papa Bento XVI é 265º da lista de líderes da Igreja Católica.

Mas, o fato de ser o Papa a representação da presença de Jesus Cristo, toda e qualquer notícia sobre quem ocupa essa posição é motivo de especulações de poder e até sobrenaturais.

Essa força não está na quantidade de católicos no mundo, pois segundo as fontes de pesquisa do próprio Vaticano, são 1,1 bilhão de católicos e comparando com o número de habitantes atual de 7,1 bilhões, os católicos representam 15% da população mundial. Mas, quais outras religiões possuem líderes conhecidos no mundo inteiro? Talvez então a questão não é quantidade e sim sua abrangência e presença nas principais sociedades no mundo, com destaque na América do Sul e Europa.

Historicamente e de forma mais acentuado no século XVII as classes sociais na Europa eram basicamente: Nobreza, Clero e Povo. Com destaque ao fato de que o poder ao Clero era uma atribuição divina, ou seja, não real no sentido de objeto físico ou como resultado de uma conquista por um evento de guerra. Era divino e por esse atributo não se discute o poder.

A influência de Jesus Cristo na questão de poder marca uma nova era onde o reino, e creio que a sociedade da época entendia reino como algo real e não subjetivo, não era na Terra e sim nos Céus. Essa situação de reino ou concessões em outra esfera não é exclusividade cristã. Algumas seitas no oriente prometem uma quantidade de virgens para os suicidas em nome de seus Deuses e Líderes.

Mas, enfim, a questão é que a Igreja com um detalhe não real enquanto matéria exerce seu poder e muito se enganam aqueles que afirmam hoje em dia ser menos que antes. As manifestações sobre o Papa, as repercussões de sua renúncia e as especulações sobre sua sucessão são, portanto, discussões sobre poder e não religião.

Assim estabelecido que a discussão em volta do Papa é um síntese uma discussão de poder, a discussão sobre qualquer outro item é pura especulação ou exercício de insanidade.

O fato do  anúncio da renúncia coincidir com a passagem de meteoritos é coincidência e não há nenhuma 
confirmação de eventuais profecias. Aliás, todas sujeitas a enquadramentos forçados por liberdade de interpretação.

As profecias do Monge de Pádua por volta de 1530 na Itália são frases que podem ser ajustadas para a realidade. Como exemplo:

“Virá de longe e manchará a pedra com seu sangue.”

Pois bem, um bom ajuste dessa frase confirma que o Monge de Pádua em 1500 e alguma coisa previu um Papa de longe da Itália o que não me parece ser a Polônia tão longe assim e manchará a pedra com seu sangue. De fato o João Paulo II sofreu um atentado, sangrou sim, mas não manchou pedra alguma.

Ainda conforme as profecias do Monge de Pádua o próximo, o sucessor de Bento XVI será o último Papa.

“Ele chegará a Roma de uma terra distante para encontrar tribulação e morte.”

Assim a exemplo do último Papa, o próximo não será italiano e será assassinado pelo Anti Cristo em época marcada por perseguições aos cristãos e será o último, marcando o fim da Igreja Católica isso tudo pouco antes do Fim do Mundo. 

Profecias a parte, a questão do meteoro que caiu na Rússia, com 17 metros de diâmetro, tecnicamente falando, nossos astrônomos de plantão não o perceberam ou era um meteoro maroto. Tão maroto que o outro asteroide de 45 metros de diâmetro que passou raspando pela Terra conforme previsão registrada em estudos, não teve a devida atenção que merecia, e detalhe científico: Esse asteroide parece que volta daqui a uns 80 anos e com grandes chances de diminuir sua distância com a Terra e de ser puxado por nossa gravidade e... bum... o estrago será grande se até lá não forem desenvolvidos métodos de desvio de asteroides. Ele tem um peso de 143 mil toneladas e uma queda na Terra liberará uma energia equivalente a 2,4 milhões de toneladas de TNT com poder para destruir quase 2 mil quilômetros quadrados.

Agora, se o próximo Papa de fato for o último esse asteroide, não terá nosso querido planeta em sua frente, pois para alguns intérpretes de profecias o mundo já teria terminado.

Assim, o fim do mundo será antecipado em 5 Bilhões e Anos. Os cientistas afirmam que o Sol deixará de apresentar seu brilho e morrerá e em uma sequencia a vida na Terra e até mesmo todo o planeta terá ido para as "cucuias".

Daqui a 5 bilhões de anos se o mundo acabar, a minha expectativa é de que  não haverá nenhum registro de que cientistas do Século XXI já sabiam. Não haverá notícia extra do Jornal Nacional. 

Não temos a menor ideia do que haverá daqui a 5 Bilhões de anos, muito menos de como o ser humano será.

Enfim, qual a relação do Papa e sua renúncia, com os meteoros e o fim do mundo? Nenhuma.
A questão do Papa é de relação de poder e suas elocubrações subjetivas. Os meteoros continuarão caindo independente da tendência religiosa dos habitantes da Terra e o fim do mundo acontecerá por questões naturais num dia tão tão distante que nem vale a pena nos preocupar com isso agora.

Pelo sim, pelo não, vamos torcer para a Itália no próximo Conclave.

Foto: Extraída em pt.wikipedia.org

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