De repente parece que tudo o que você fala ou escreve
está sujeito a julgamento por “juízes” metidos a “sóciochatos” e ”chatologistas” de plantão.
A recente propaganda do CONAR (Conselho Nacional de
Autoregulamentação Publicitária, www.conar.org)
discute esse exagero de reclamações sobre o que divulgado na mídia, mas entendo
que se aplica a dia a dia de cada um.
Parece que não há o mínimo tolerância, não é? Contudo o
que há é uma individualidade de opiniões onde o que vale é a opinião do
indivíduo quanto ao que “ele” e somente “ele” considera do seu agrado ou não.
E graças aos “sóciochatos” de plantão tivemos a criação
do termo “Politicamente incorreto”. Seja qual o conceito a essa expressão na
prática é uma “licença” para chamarem a sua atenção com carga de hipocrisia
quando bem entenderem.
Mas, no Carnaval pelo menos até hoje, os sóciochatos não
tiveram essa coragem hipócrita de descarregarem as críticas às tradicionais
marcinhas.
Estas inocentes marchinhas que ultrapassam o tempo, nos
alegraram quando crianças, jovens. Alegraram nossos filhos e alegrarão muitas e
muitas gerações, parecem passar impunes pelos “sóciochatos” de plantão.
Veja o tom de apologia ao alcoolismo no “ Você pensa que
cachaça é água”:
“Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
(disto eu até acho graça)
Só não quero que me falte
A danada da cachaça”
E essa não é a única. Atenção para “As águas vão rolar”:
“As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca, saca, saca rolha
E bebo até me afogar.”
E a gozação homofóbica “Maria Sapatão”
“Maria Sapatão
Sapatão, Sapatão
De dia é Maria, de noite é João”
E o que dizer da “Olha a Cabeleira do Zezé”. Só por ter
longos cabelos o rapaz é transviado e para curá-lo devemos cortar o cabelo
dele? Parece mais uma prenúncio da hipócrita e descabida "Cura Gay".
E próximo ao Dia Internacional da Mulher qual seria o
conceito sobre a marchinha “Aurora”. O
fato dela não ser assim tão sincera a condenou a perder todo um conforto que
estava a sua volta.
E para fechar como explicar que a “Pipa do Vovô não sobe
mais”?
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É felizmente, os “sóciochatos” não encontraram ecos ou
forças para realizarem campanhas sugerindo mudança nas letras das marchinhas. Ainda bem que estão quietinhos ou ocupados demais em formar suas malvadezas sócio culturais, comportamentais e nem sabem que existem tais marchinhas.
Melhor para nós, assim o Carnaval continuará tendo graça e alegria por
muito mais tempo e terá “tanto riso, ó quanta alegria...”
Bom Carnaval