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quarta-feira, 6 de março de 2013

O sofrer pode contribuir para o crescer.


Neste ano, as celebrações da Semana Santa serão em Março, precisamente dia 29/03. A Igreja Católica tem esse dia como o mais triste de seu calendário, quando é celebrada a Morte de Jesus. O dia é reservado para o recolhimento e reflexão sobre o sofrimento de Jesus.

O sofrimento de Jesus chega a um extremo de desespero tal o suficiente para gritar nos seus últimos momentos em vida: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Mt 27, 46.
Jesus no seu último momento de vida questionava a não intervenção de seu Pai. Naquele momento nada e ninguém poderia ajudar. Ali Jesus não somente se viu, como também teve de aceitar que estava completamente abandonado e sem forças próprias para alterar o curso natural para a sua morte.

E aqui não está sendo proposta uma discussão teológica da Paixão e Morte de Jesus, o que proponho é um ensaio sobre as situações vividas quando o nosso sentimento é de puro desespero e consciência de total abandono.

A quem recorrer nessa hora, se em tese estamos sofrendo por uma determinação divina, afinal nos ensinam que Deus escreve certo por linhas tortas.

Até que ponto o sofrimento, o momento de ausência de perspectiva de mudança do estado de dor e dúvida pode nos levar a entender que este será o último ou mais um de uma séria finita dentro de nossa vida?

Freud expressou: “Agradeço a vida por nada ter sido fácil para mim.”, e Nietzsche vai um pouco além ao afirmar: “O que não nos mata nos fortalece.”

À Buda é dada a autoria da frase “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.”

Agora, já que nunca sabemos se o sofrimento atual será o último e se assim for tanto faz sofrer muito ou pouco, afinal vamos morrer mesmo, entendo que o único caminho para enfrentar o sofrimento, aquele interminável momento de dor e angústia é acreditar que ele não será o último.

O passo seguinte é saber medir sua intensidade o quanto é de fato sofrido o que está sendo imposto a nós. Por vezes sofremos muito mais por questões subjetivas, por leis e ideologias sem autores ou registros na 
base do: “sempre foi assim.”

Não podemos sofrer exageradamente, ou seja, não podemos potencializar o sofrimento. A situação, circunstância, cenário, tudo que nos cerca já nos entregou uma boa dose de imposições alheias a nossa vontade, então por que aumentar a intensidade do sofrer?

Em sequencia, após um bom desprezo na intensidade do sofrimento, sem obviamente, ser displicente, precisamos encontrar uma estratégia de enfrentamento. O ideal é pensar:  “sofrimento é igual a problema” e “problemas existem para serem resolvidos.”

E não sendo simplista, você pode através do seu desprezo ao sofrimento, enxergá-lo de forma a compreende-lo. A essa altura a solução ou o final do problema já está chegando ao fim.

E tão logo você resolva, lá vem outro. Mas, dessa vez, você está maior em seu interior, está mais vivido, 
mais esperto e talvez nem tenha mais o conceito de sofrer e sim a coragem de resolver .

E Deus onde está para não te abandonar? Deus está em você. E vou mais longe ainda: quando você pensar: “Meus Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Reflita se o primeiro a lhe abandonar não foi você mesmo.

Um abraço a todos.

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